segunda-feira, 1 de julho de 2013

Artigo sobre a "Metodologia de resolução de problemas na matemática: apontamentos e reflexões na educação infantil"

Introdução

Neste artigo apontamos caminhos e fazemos reflexões sobre a importância dos estímulos intencionais em relação ao desenvolvimento lógico-matemático de crianças entre 5 e 6 anos para a promoção do alicerce cognitivo que será aliado na construção de melhores estratégias para resolver problemas, tanto cotidianos quanto aqueles que exigem maior esforço intelectual. A questão envolvida na pesquisa permeou entre como ampliar o conhecimento matemático, ultrapassando seu conhecimento convencional, para o desenvolvimento efetivo do raciocínio lógico-matemático. Especificamente pretende-se esclarecer a diferença entre o conhecimento social construído em longo prazo pela humanidade e a aplicação prática das ideias matemáticas que se refere ao pensar.
Percebemos muitas vezes, que o conhecimento matemático fica aprisionado em sua própria linguagem que é repleta de representações. Poucos conseguem extrair e explorar os benefícios desta ciência. Historicamente podemos observar que avanços tecnológicos conquistados através dos avanços científicos causam uma grande exclusão social e a matemática faz parte deste contexto. Nesta perspectiva, atribuímos uma relevância social para este artigo: promover e possibilitar o conhecimento matemático ao alcance de todos como forma de apropriação de um patrimônio cultural e histórico que sirva para facilitar a vida das pessoas. O papel do professor é de extrema importância para esta conquista, pois o encaminhamento das ações será mediado por ele.  Assim sendo, concluímos que nossas crianças têm direito a esse conhecimento, que por ser constituído de uma linguagem singular, abstrata e simbólica, requer um longo tempo para sua aprendizagem e as ideias matemáticas devem ter espaço desde o início da escolarização, respeitando as especificidades de cada faixa intelectual.
A leitura irá transcorrer por três aspectos: a matemática e sua relação com as especificidades para o desenvolvimento integral das crianças, a matemática e a diferença entre conhecimento social (convencional) e desenvolvimento do raciocínio lógico-matemático para aprender a pensar e a matemática e a resolução de problemas como possibilidade encontrada em Educação Matemática para acompanhar as necessidades adquiridas pela atual sociedade. A resolução de problemas é uma metodologia de ensino que aciona uma série de conhecimentos, mas é preciso que o aprendiz tenha oportunidade de se envolver na busca de soluções com seu corpo e sua mente, sua criatividade e objetividade desenvolvendo a habilidade de manejar informações, questionar, refletir e, portanto organizar seus planejamentos.
O estudo compreendeu uma pesquisa bibliográfica baseada no documento do MEC,  as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil, na temática sobre projetos elaborada por Maria Carmen Silveira Barbosa e Maria da Graça Souza, Sonia Kramer que defende os direitos das crianças como cidadãs, Edith Derdyk que defende a liberdade de expressão e em autores que discorrem sobre o desenvolvimento infantil, como Constance Kamii que faz referência à Jean Piaget, pensadores como Haward Gardner, John Dewey e outros que se dedicam à didática da matemática como Antoni Vila e Callejo, Mabel Panizza, Sànchez e Bravo, Marília Toledo e Mauro Toledo e Katia Cristina Stocco Smole.







 Considerações finais

Acreditamos que este campo do conhecimento envolve, ainda, inúmeras discussões e estudos mais aprofundados. Estamos cientes da realidade do sistema educacional e dos problemas que professores enfrentam no seu dia a dia, porém, nós professores somos aqueles que estão lado a lado com os alunos e nossos ideais e a visão de criança que temos influi nas atitudes e nos caminhos escolhidos para conduzir as nossas aulas. Neste aspecto reafirmamos que crianças são cidadãs com direitos e deveres e que, portanto são sujeitos históricos sendo produto e produtores de cultura.
 A matemática encarada como uma ferramenta útil ao pensamento, bem cultural, histórico e com grande poder de inclusão ou exclusão social, deve ter espaço nas instituições de educação infantil para reflexão e reavaliação da forma como ela é oferecida às crianças. Alguns questionamentos são fundamentais nesta busca de soluções ou de conscientização: Qual a relação que eu como professor (a) tenho com a matemática? Será que possibilito às crianças um pensamento investigativo ou reproduzo as crenças que tenho sobre este conhecimento? Será que equilibro todas as manifestações linguísticas que a criança pode manusear e aperfeiçoar bem como ampliar ou as limito de acordo com as minhas limitações e preferências?
Diante das mais variadas indagações, provocações e inquietações, esperamos que este assunto não se esgote, pois o ser humano está em constante transformação e a busca por um aprendizado mais humanizado, menos rígido, isto é, com mais dúvidas do que certezas propicia a busca de soluções para problemas que ocorrem no interior de cada instituição. Um grupo unido com trabalho coletivo ameniza tais anseios, estimula novas atitudes e encaminha um bom educador a afinar questões pedagógicas com questões políticas que são indissociáveis apesar dos governantes insistirem na alienação dessa categoria.









Nenhum comentário:

Postar um comentário