Desde menina, quando passeava de bicicleta, sentia uma sensação de liberdade como se somente eu pudesse decidir pra onde ir e com a velocidade que quisesse (ou conseguisse alcançar). Adolescente e dona do nariz, fazia desse tempo o meu tempo, longe de todos que me forneciam regras.
Quando aprendi a dirigir com uma pessoa que não tinha muita paciência (afinal de contas eu era uma aluna difícil, discutia com quem já sabia) pensei que essa era a liberdade...
Após muitos anos dirigindo a liberdade virou escravidão.
O automóvel reduz o tempo, mas o automóvel nos engana e aumenta o nosso tempo com ele, nos quer escravos.
A bicicleta novamente aparece, com ventinho no rosto, sol, pessoas mais próximas de nós, paradinha para um oi, tudo bem?!
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